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Uma análise sobre o modo em que as redes sociais intervêm no processo de construção da identidade dos jovens

Ser jovem na era digital

Autores: Andrea Murden e Jorge Cadenasso

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Neste estudo, é abordada a relação entre jovens e tecnologias digitais, atendendo especificamente aos processos de subjetivação que se experimentam maiormente nessa idade, como a interação com os pares, a construção de identidade e as distintas formas que adquire a participação. Particularmente, o objetivo é indagar como o uso da Internet e, principalmente, das redes sociais, incide nessas dimensões, considerando a aparição dos novos fenômenos associados à era digital.

A massificação do uso de redes sociais modificou a maneira de interagir entre os jovens, gerando novos códigos de comunicação, além de uma imponente produção e consumo de imagens.

Existem posturas divergentes com respeito a se a identidade construída em e por meio do mundo virtual é uma extensão da realidade cotidiana ou um espaço de falsidade.

A Rede é utilizada cada vez menos para evadir a realidade, e cada vez mais para melhorá-la. Esse uso dado à Internet entrega aos jovens diversas possibilidades de participação online.

No que diz respeito às formas de interagir dos e das jovens, embora não seja possível desatender às desigualdades no acesso à Internet entre os países latino-americanos, resulta evidente, concluem os autores, que foram instauradas novas formas de interação. São expressadas em códigos e palavras-chaves comunicacionais próprias das redes sociais, onde a linguagem baseada em emoticons e imagens, geraram novas lógicas de comunicação e, com isso, de construção de subjetividade.

 

Em relação à construção de identidade, não fica totalmente concluído o tipo de influência que as redes sociais teriam em tais processos. Existem posturas divergentes sobre se a identidade construída em e por meio do mundo virtual é uma sorte de extensão da realidade material cotidiana ou se é um espaço de ficção ou de falsidade.

 Finalmente, sobre a participação por meio da Internet, algumas posturas mais críticas coloque em dúvida a implicância real das ações que são levadas a cabo em e através das redes sociais, ou a sua capacidade de se constituir como um espaço efetivo de participação política, fazendo uso de conceitos como softactivismo e de catarse virtual. No entanto, resulta inegável que redes como o Facebook e o Twitter se constituíram como importantes espaços de divulgação de informação e organização de ações tanto civis quanto políticas, se identificando casos emblemáticos na Iberoamérica.