Coleção Juventudes Argentinas

Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO)

Trata-se de seis volumes que cobrem uma ampla variedade de temas relacionados essencialmente com a juventude argentina, porém sem deixar de lado o contexto latino-americano no qual está inserida a maioria das pesquisas que conformam tais publicações.

Juventudes e política na América Latina. Tendências, conflitos e desafios

O propósito desse livro é aprofundar nas análises sobre as relações entre juventudes e políticas, enfocando nas tendências, nos conflitos e desafios presentes e futuros. Nesse sentido, o primeiro capítulo se dedica a analisar o vínculo recíproco pelo qual a política pode ser interpretada como uma produção territorial, e o território como uma produção política. Em um segundo capítulo, se cruzam as práticas políticas produzidas desde as juventudes, com os discursos y disputas públicas geradas a partir das mesmas. No terceiro capítulo, se incorpora a dimensão regional e continental, abordando os processos de organização e mobilização que as juventudes protagonizaram na América Latina na última década, tomando alguns países, como o Brasil, o Chile, a Colômbia e o México em tanto expressões do mesmo. Finalmente, os autores apresentarão o enfoque geracional para analisar as relações entre políticas e juventudes nos dias de hoje.

O estudo aborda as condições sociológicas e as diferentes modalidades através das quais a juventude é produzida como categoria estatal, bem como as interessantes e inexploradas relações entre os jovens e os processos de organização e mobilização política. No capítulo 1, é apresentado um mapa geral das políticas públicas de juventude na Argentina, com base em um relevamento de 156 políticas vigentes entre os anos de 2010 e 2014. No capítulo 2, passamos do mapa geral para o estudo das políticas enfocadas na promoção da participação juvenil. Finalmente, no capítulo 3 são analisadas especificamente as políticas participativas impulsionadas a partir do Consejo Federal de Juventud, CFJ, (Conselho Federal de Juventude) e da Dirección Nacional de Juventud, DINAJU, (Direção Nacional de Juventude), organismo que é renomeado em fevereiro de 2014 como Subsecretaría de Juventud, SSJ, (Subsecretaria de Juventude), dentro do Ministério de Desarrollo Social de la Nación argentino (Desenvolvimento Social da Nação).

Conexão total. Os jovens e a experiência social na era da comunicação digital

O propósito do livro é contribuir com elementos que sejam significativos para compreender a relação entre as jovens gerações e o vasto universo das comunicações digitais. No primeiro capítulo, se trata fundamentalmente de mostrar a relação entre ambos termos: tecnologias digitais e gerações menores, por exemplo, sobre a evolução dessas ferramentas e aplicativos, para arribar ao papel dos jovens como inventores e propulsores da cibercultura e da inovadora figura do “prosumidor”, um consumidor-produtor simultâneo de conteúdos digitais. No segundo capítulo, é desenvolvida a história das tecnologias digitais, da Internet nas suas diversas etapas e do surgimento das redes sociais, o paradigma por excelência da chamada Web 2.0, a Internet colaborativa onde os conteúdos são dados fundamentalmente pelos usuários. O terceiro capítulo se dedica a um tema pouco estudado até o momento: as formas em que os jovens de diversos setores (embora o foco enfatiza o papel dos setores populares da cidade de Buenos Aires) se apropriam das redes sociais e as utilizam com fins específicos adequados aos seus interesses.

Radiografias da experiência escolarSer jovem/jovens na escuela

Este livro reúne um conjunto de estudos realizados pelos autores no âmbito da Área de Educação da FLACSO Argentina, com a pretensão de brindar ideias que contribuam para a reflexão sobre a experiência juvenil no espaço escolar. No capítulo 1, é abordado o tema da sociabilidade no ensino fundamental através da análise das experiências, expetativas e demandas juvenis. O capítulo 2 se detém na construção dos vínculos (clima escolar, violências e processos de convivência). Finalmente, o capítulo 3 explora a participação política dos jovens na escola (grêmios estudantis, grupos e demandas no espaço escolar).

É a vez das garotas. Identidade, cultura e poder

O estudo que apresenta esta publicação parte da ideia de que “é a vez das garotas” (“tiempo de chicas”, no original). Tanto porque elas finalmente “apareceram” no cenário público como protagonistas de imagens, símbolos e narrativas culturalmente impregnantes quanto porque a sua maior visibilidade reclama com urgência uma análise cuidadosa da relação entre essa crescente centralidade e as condições mais amplas, nas quais a distinção de gênero se articula desigualmente com as distinções de classe, idade, etnia e geração, nas suas vidas concretas. Através da análise de distintos depoimentos e relatos de experiências de meninas de setores médios e populares sobre como interagem com os meios de comunicação, a indústria cultural, o mercado, as políticas públicas e a arte, o que se busca é: por um lado, produzir conhecimento situado e atualizações rigorosas sobre a multiplicidade de significados, práticas e experiências desenvolvidas pelas mulheres jovens na Argentina; e, por outro lado,  responder com ferramentas analíticas e compromisso epistemológico à oportunidade – até agora poucas vezes aproveitada – de analisar esse emergente universo juvenil das meninas desde uma perspetiva crítica da diferença de gênero.

Dentro e fora. Juventudes, sistema penal e políticas de segurança

O objetivo desse livro é dar conta do tratamento que os jovens recebem por parte do sistema penal na Argentina e das políticas de controle social, em um sentido amplo, das quais o mesmo coletivo é destinatário. Em primeiro lugar, são explorados os segmentos da juventude argentina suscetíveis de serem clientes do sistema penal ou, pelo menos, clientes típicos, habituais do mesmo. Em segundo lugar, são analisadas  as contingências das políticas de controle social em um sentido amplio, isto é, as políticas públicas orientadas ao controle social nas suas duas caras, proativa (com os seus componentes coativos-indutiva) ou reativa (com os seus componentes disciplinarias, coercitivos e punitivos). Em terceiro lugar, é realizado um percorrido por toda a cadeia punitiva, começando pela primeira etapa: as apreensões policiais, para acompanhar o trânsito de adolescentes e jovens através dos seus trajetos institucionais, o seu encontro com a instância judicial e com os espaços de tratamento institucionais e/ou territoriais. O livro conclui problematizando as políticas de segurança em todo o espectro, desde as políticas criminais até as políticas de gestão de riscos, o controle atuarial e o governo da penalidade. Nesse amplo espectro, estão incluídas as inovadoras políticas de segurança para a inclusão social.