Tecnologia e redes. Avanços e resistências à igualdade de gênero.

Tecnologia e redes. Avanços e resistências à igualdade de gênero.

  “O patriarcado é um juiz, que nos julga por nascer, e o nosso castigo é a violência que não vês.” (Um estuprador no seu caminho. Coletivo Las Tesis)     Hoje, podemos dizer que, tanto na Europa quanto na América Latina (em sua grande parte), vivemos em sociedades formalmente igualitárias, onde as instituições contam com ferramentas e instrumentos para garantir que, legalmente, nenhuma mulher possa ser discriminada pelo fato de ser mulher. Essa ideia ou premissa de “objetivo cumprido” pode nos induzir a não levar em conta aqueles espaços que atuam como fronteiras para o alcance da igualdade de gênero. Uma dessas fronteiras, talvez a mais onipresente para as pessoas jovens, é a esfera digital.

Virada Educação: território vivencial

Virada Educação: território vivencial

No final da década de 60, o artista performático carioca Hélio Oiticica gestou aquela que seria considerada pela crítica sua obra mais emblemática, o Parangolé. Uma “totalidade-obra”, como ele mesmo dizia, que quebrava o paradigma da obra de arte restrita à função de objeto de apreciação, de contemplação passiva. A proposta de Oiticica partia do princípio de que, ao interagir com